Tuesday, December 05, 2006

Entrelinhas

É engraçada a maneira como decido lançar-me a um novo post sem ter propriamente alguma coisa a dizer. Dizem que o mais difícil é começar. Pois bem, eu começo por nada dizer, pode ser que assim vá a algum lado.

( Resultará ? Humm . )
Remexo e remexo no pensamento, as ideias não querem mesmo sair! E quando parece que não há mesmo nada sobre que escrever, surge uma pequena luz ao fundo do túnel. Ok, talvez não exista túnel e a luz seja mesmo a do candeeiro, mas vamos acreditar que há.

( Só para dar aquela ideia da magia dos contos , siiiim ? )

O conto, o conto somos nós que o fazemos... Gosto da chuva do inverno, do vento do outono, do sol da primavera e do calor do verão; não é o tempo que faz dos momentos especiais, mas sim a nossa própria maneira de os olhar e de os viver. Podemos fazer daquele dia de tempestade gélida e ranhosa o mais quente do ano. Só não somos felizes se não quisermos. Mas também. Temos outro remédio senão sê-lo?
Rimo-nos, mas dói ( cortar um dedo com uma faca ). Até pode dar vontade de chorar ( já agora , porque é que as lágrimas são quentes ? ), acho sempre giro quando nos chateamos com alguém só para termos que fazer as pazes de novo. É isto, não é? Se não for, que mais então pode explicar andarmos às turras por meras trivialidades?

( Fico à espera . )

Andamos cansados daquilo que nos rodeia, mas não é justo queixarmo-nos. Tantos que fazem tanto sem nos apercebermos, tão poucos são os que nos mostram o edificado.
Enquanto penso na pequena luz, uma qualquer mas que ilumine, vou-me lembrando do que poderia ter sido. Numa outra direcção nada se avizinharia como o presenteado; o sorriso ou falta dele seria na mesma? Mas chegando a este ponto, mais me vale estar calada.

*



( Às vezes apercebemo - nos tarde de mais . *ups* )